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3 Dicas Para Aumentar O Ticket Médio Em Sua Clínica Veterinária

Para ter mais sucesso com a clínica veterinária, é preciso assegurar bons lucros. Uma forma de fazer isso é aumentar o ticket médio de cada cliente, para que você tenha maior rentabilidade sem precisar ampliar a carteira.

Não é necessário aumentar os seus preços para que os clientes invistam mais em sua clínica. Podemos aumentar o ticket trazendo novas ofertas, pois assim seus clientes terão mais opções de produtos e serviços.

Quer descobrir como ter uma clínica mais atrativa e rentável? Continue lendo e confira três dicas que vão aumentar o ticket médio dos seus clientes de uma forma natural.

1 – Trabalhe a educação e a conscientização dos tutores
Nem todos os tutores conhecem os cuidados que seus pets precisam receber. Por isso, é importante trabalhar a educação e a conscientização deles, por meio da criação de conteúdos digitais, com informações sobre como cuidar de maneira adequada de um cão ou gato.

Esses conteúdos também têm a vantagem de atrair mais clientes porque chamam a atenção das pessoas, mas o ideal é ir além disso. Durante as consultas, você também pode trabalhar essa conscientização.

Converse com seus clientes sobre os exames que os animais precisam fazer, o protocolo de vacinas, medicamentos ou complementos alimentares que ajudam a garantir a saúde do pet, além de outros acompanhamentos específicos conforme a necessidade do animal.

Isso fará com que seus clientes consumam mais serviços e aumentem a frequência de visitas à clínica veterinária. Como consequência, vai aumentar o ticket médio por ampliar os cuidados oferecidos ao pet.

2 – Ofereça mix de produtos
Você também pode oferecer mix de produtos contendo alimentos desde os mais básicos até as linhas Premium, diversificar sabores, versões e incrementar o pacote com petiscos, como as tirinhas, para que seja ainda mais atrativo.

Como cada pet tem suas próprias características, é interessante personalizar os mixes conforme o porte da raça ou necessidades específicas. Você pode fazer um mix para filhotes, cães idosos, animais castrados ou que tenham problemas de saúde.

A Matsuda Pet pode ajudar você na preparação desses mixes, afinal, tem diversas linhas como VittaMax, M-Line, Thor e Nhac!, cada uma delas com produtos destinados para cães e gatos, com variações para raças pequenas, médias e grandes, rações gold, premium, clássicas e diversidade de sabores.

Organizando bem os mix com produtos Matsuda Pet, você vai compor diferentes pacotes para que seus clientes experimentem todas as opções. Sem falar que estará disponibilizando o alimento do animal já na clínica, com a possibilidade de indicar o alimento conforme a necessidade dele.

3 – Amplie o portfólio de serviços
Faça uma análise da sua clínica veterinária e observe também as concorrentes. O objetivo é verificar quais são os serviços oferecidos por cada uma, para que você possa ampliar o seu portfólio trazendo mais opções para os seus clientes e, assim, aumentar o ticket médio.

Disponibilize diferentes tipos de atendimento, invista em estrutura, acrescente produtos na clínica e faça parcerias com especialistas e empresas do setor Pet. Isso vai complementar o atendimento veterinário que você realiza. Oferecer o mix de alimentos da Matsuda Pet é uma parceria interessante.

Vale disponibilizar medicamentos, roupas e acessórios, serviço de banho e tosa, táxi dog, entre outras opções. Com isso, seu cliente vai encontrar diversas ofertas no mesmo lugar e o ticket médio vai crescer.

Desenvolver diferenciais é muito importante para aumentar o ticket médio da clínica veterinária, pois é dessa forma que os clientes darão preferência para o seu negócio. Mas não se esqueça de trabalhar com bons produtos para assegurar qualidade ao público, ganhar a fidelidade dele e fazer com que consuma mais.

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Marketing Digital Para Pet Shop: 3 Dicas Para Começar Hoje Mesmo

Estratégias de marketing digital para pet shop são fundamentais para atrair mais público e fortalecer a marca no mercado. Afinal, é preciso estra presente no dia a dia dos clientes para não acabar perdendo espaço para a concorrência.

Campanhas bem elaboradas mantém a competitividade do pet shop e aumentam as chances de venda. A boa notícia é que não existe segredo para fazer a divulgação do seu estabelecimento; você só precisa conhecer as ferramentas e os canais certos para isso.

Nós preparamos este artigo para trazer três dicas de marketing que você pode começar a implementar hoje mesmo. Confira!

  1. Criação de conteúdo

Criar conteúdos é uma ótima estratégia de marketing digital para pet shop. Isso porque quem tem animais de estimação busca por informações para oferecer uma qualidade de vida melhor para os pets e saber como cuidar deles sem cometer erros. 

Quando o pet shop oferece esse tipo de informação, consegue atrair mais clientes por disponibilizar conteúdos com temas úteis para o público. Sendo assim, é fundamental ter um site e manter um blog. 

O site é o espaço que vai apresentar o seu pet shop, os serviços oferecidos, diferenciais, alguma exclusividade, dados para contato, e assim por diante. É uma forma de as pessoas encontrarem o seu estabelecimento na internet e saberem mais sobre ele.

O blog é onde você vai oferecer artigos, e-books, infográficos, entre outros materiais para consulta e pesquisa. Diversifique os formatos, escolha temas que sejam interessantes para o seu público e traga sempre informações confiáveis, porque esses compartilhamentos geram credibilidade.

  1. Fortalecimento da marca/imagem

Ações para fortalecer a imagem e a marca não podem ficar de fora das estratégias de marketing digital para pet shop. É preciso estar presente no dia a dia do público, se destacar da concorrência e fazer com que as pessoas não se esqueçam que você está no mercado. 

As redes sociais são grandes aliadas para isso. Crie o perfil do pet shop nas redes que são mais utilizadas pelo seu público-alvo, para ter certeza de que as pessoas certas serão impactadas pelas suas postagens e publicações. 

Mas não se esqueça de que não se trata de falar somente do pet shop, se auto promovendo o tempo todo. O ideal é diversificar as publicações, trazer conteúdos que as pessoas compartilham, que despertem o seu interesse e, ao mesmo tempo, valorizem e evidenciem os serviços oferecidos para os clientes. 

Outra forma de impulsionar o marketing do pet shop é promover ações internas. Quando os colaboradores estão satisfeitos com o local onde trabalham, ficam motivados e contribuem para divulgar o estabelecimento. Portanto, a valorização da sua equipe e as boas condições de trabalho, além de um clima organizacional agradável, também ajudam a fortalecer a marca.

  1. Campanhas de divulgação e fidelização

Para criar campanhas como essa você pode apostar em anúncios patrocinados, como aqueles que criamos no Google Ads, no Facebook e no Instagram. Com eles você consegue destacar o seu pet shop dos concorrentes e alcançar o público certo com a segmentação.

Além disso, uma das maiores vantagens dos anúncios patrocinados é ter total controle do valor investido nas campanhas, evitando ultrapassar o orçamento. E ainda, pode acompanhar os resultados para definir quais estratégias estão funcionando.

Vale divulgar o pet shop e fidelizar os clientes trabalhando com e-mail marketing. Esse é um canal que funciona porque chega de forma direta para a pessoa. É possível também segmentar as mensagens de acordo com o tipo de campanha que você está criando.

Os e-mails podem ser usados para compartilhar conteúdos e informações, apresentar novos serviços, trazer novidades, enviar promoções e descontos exclusivos, entre outras estratégias que vão engajar o seu público e fazer com que essas pessoas se sintam especiais. 

A melhor estratégia de marketing digital para pet shop é aquela que se adequa às características de cada negócio e ao perfil do público-alvo. Não existe uma receita pronta; as ferramentas devem ser adaptadas à realidade do seu negócio para que você possa investir em campanhas criativas e inovadoras, tendo isso como um diferencial. 

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Cuidados Com Os Cães E Gatos No Inverno: Veja Como Proteger Seu Pet

Ao contrário do que pensam muitas pessoas, as estações mais frias do ano também podem afetar a saúde e o bem-estar dos animais. Apesar de muitos pets se sentirem menos incomodados e mais dispostos com as baixas temperaturas, ainda assim é preciso tomar alguns cuidados com os cães e gatos no inverno.

Isso porque, na maioria das regiões do país, os ventos gelados e a baixa temperatura aumentam os riscos de eles contraírem gripe,  traqueobronquite infecciosa canina (tosse dos canis), dentre outras enfermidades. Isso ocorre provavelmente devido a um stress gerado, o que ocasiona uma queda de imunidade e assim eles adoecem. Animais idosos e filhotes são os mais suscetíveis, mas isso não quer dizer que os demais não devam receber atenção.

Afinal, que cuidados são esses? O que é preciso fazer pelos cães e gatos para que eles fiquem mais protegidos e confortáveis durante o outono e o inverno? Veja as dicas que separamos para você!

Reduza a frequência dos banhos

Diminua a frequência dos banhos para que o seu pet não seja exposto a choques térmicos, nem perca a proteção natural da sua pele. E se for necessário banhar não esqueça:  água deve ser morna, e você deve secá-lo muito bem para evitar a propagação de fungos e outros parasitas no pelo úmido.

Após o banho, só deixe-o sair à rua depois de, pelo menos, 30 minutos e, nos dias mais frios, procure não molhar o pet. Você pode, também, alternar banhos tradicionais com banhos a seco — existem produtos específicos para isso nos pet shops.

A prática da escovação diária é uma ótima opção para reduzir o número de banhos, uma vez que ela ajuda na limpeza do pelame retirando as sujidades e os pelos mortos aderidos, dando um aspecto de brilho e maciez, além do carinho promovido ao animal. Gatos também adoram ser escovados!

Tenha cuidado com a tosa

Os pelos são a proteção natural dos cães no inverno. Nas raças adaptadas às baixas temperaturas, a pelagem muda um pouco, ganhando uma camada espessa de pelos finos e plumosos bem rente à pele. Seja qual for a raça do seu pet, evite tosas muito baixas, preferindo apenas aparar as pontas dos pelos.

Dicas para o local de dormir

Embora possamos estranhar, muitos cães se sentem bastante confortáveis ao relento, a exemplo do Border Collie, do Ovelheiro Gaúcho e demais raças adaptadas ao inverno. Mesmo assim, se você cuida de um pet que fica na rua, sempre disponibilize um abrigo seco e quente para ele.

As casinhas devem ficar em sentido oposto às correntes de vento, e você pode aumentar o conforto do seu pet com cobertores, mantas e colchonetes ou almofadas, facilmente encontrados em pet shops ou até mesmo em lojas convencionais. Essa dica também vale para os que dormem dentro de casa.

Mantenha a vacinação em dia

Manter a vacinação em dia é essencial para garantir a saúde dos pets no inverno. As vacinas os protegem de diversos patógenos, altamente contagiosos e causadores de doenças potencialmente fatais ou que deixam sequelas. 

Nas estações mais frias, evite locais com aglomerações de animais. Para o passeio diário, procure sair nas horas de mais sol.

Estimule os exercícios físicos

Assim como nós, os pets  também ficam mais preguiçosos no inverno e é bem possível que passem quase o dia todo na caminha ou na casinha. Porém, é importante que você estimule o pet a fazer exercícios físicos para manterem a saúde, a forma e, claro, se aquecerem.

Para aqueles pets que não gostam mesmo de sair de casa nos dias frios, use e abuse dos brinquedos dentro de casa.

Coloque roupinhas no pet

As roupinhas para pets são mais do que meros caprichos dos tutores. Para os cães pequenos, de pelagem curta ou não adaptados ao inverno, elas são uma ótima maneira de mantê-los aquecidos. Os gatos também precisam de proteção contra o frio, e as roupinhas podem ser ótimas aliadas na hora de esquentar seu bichano.

Apenas tome cuidado ao escolher o tecido da roupa, pois alguns pets podem desenvolver alergias à lã e a tecidos sintéticos, por exemplo. Se for o caso, procure as feitas de algodão ou soft, que podem provocar menos irritações.

Dê atenção para a alimentação

O cuidado com a alimentação deve ser durante o ano todo. Contudo, nas estações mais frias, algumas pessoas pensam que é preciso aumentar a quantidade de ração, sob a justificativa de que os animais precisam de mais calorias para se aquecerem. Isto está correto pois os cães também necessitam manter a temperatura corporal, com isto gastam mais energia e necessitam de uma maior ingestão alimentar, inversamente proporcional a temperatura ambiental.

Porém, o inverno na maioria das regiões brasileiras é ameno, minimizando essa necessidade. Evitar o sobrepeso e a obesidade é importante, pois são prejudiciais ao pet, e é fundamental saber quanto o pet deve comer para manter o equilibro do seu organismo. O segredo é oferecer um alimento de qualidade, sempre.

Muito bem, agora você já sabe quais são os cuidados para ter com seu pet no inverno! Lembre-se de estar sempre atento ao seu comportamento e, qualquer alteração, procure entender o que se passa ou procure o Veterinário de sua confiança.

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SETOR DE ALIMENTAÇÃO ANIMAL CRESCE 1,4%

Nos primeiros três meses deste ano, foram produzidas 17 milhões de toneladas de ração

O setor de alimentação animal registrou crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2019, em comparação com igual período do ano passado. Nos primeiros três meses deste ano, foram produzidas 17,3 milhões de toneladas de ração ante 17,1 milhões de t do primeiro trimestre de 2018, de acordo com Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações).

O vice-presidente executivo da entidade, Ariovaldo Zani, informou em comunicado que “em 2018, o setor produziu 72,2 milhões de toneladas de ração e sal mineral e a previsão é encerrar este ano com 73,7 milhões de toneladas, equivalente a um incremento de 2,1%”.

A produção para o segmento de aves, que representa a maior demanda do setor, manteve-se estável no primeiro trimestre de 2019 em 10 milhões de t em relação ao mesmo período de 2018. O produtor de frangos de corte demandou 8,7 milhões de toneladas de rações, um avanço de 1,3% em relação ao primeiro trimestre do ano passado (8,5 milhões de t). De janeiro a março de 2019, a produção de rações para poedeiras somou 1,4 milhão de toneladas, um retrocesso da ordem de 7% (1,5 milhão de t em igual período de 2018), em resposta à razoável queda no preço pago pelo ovo pelo setor atacadista.

Já a demanda por rações para suínos, segundo principal consumidor do setor, avançou 2,4% durante o primeiro trimestre e somou 4,2 milhões de toneladas, ante 4,1 milhões de t em 2018. Conforme o Sindirações, o resultado pode ser atribuído em grande parte à “melhora expressiva nos preços pagos aos produtores e pelo aumento das exportações de carne suína à China, por conta do surto de Peste Suína Africana”.

As poucas variações na relação de troca, no valor da arroba e da reposição e a qualidade das pastagens, no início do ano, culminaram na produção de 469 mil toneladas de rações/concentrados para bovinos de corte no primeiro trimestre de 2019, marca bastante parecida àquela apurada no mesmo período do ano passado (467 mil t). No segmento de gado de leite, segundo o Sindirações, a escassa oferta de leite cru das principais bacias leiteiras para os laticínios, acentuada durante o primeiro trimestre desse ano, elevou em quase 20% o valor pago ao produtor e, em consequência, favoreceu o incremento do preço no atacado, no varejo e no mercado spot, e permitiu que os produtores mais tecnificados investissem na alimentação industrializada, que alcançou 1,4 milhão de toneladas e crescimento da ordem de 8,8%, quando comparado ao mesmo período do ano passado (1,3 milhão de t).

A produção de rações para piscicultura durante o primeiro trimestre de 2019 somou apenas 330 mil toneladas, principalmente por causa da redução do povoamento de tilápias, motivado pelo baixo preço que persistiu durante todo o ano passado e que continua comprometendo sobremaneira a rentabilidade dos produtores independentes, ao contrário das grandes cooperativas que seguem investindo no modelo de integração da cadeia produtiva. A estimativa é que, de janeiro a março de 2019, o volume de alimentos produzidos para cães e gatos alcançou 595 mil toneladas, avanço de 2% em relação ao primeiro trimestre do ano passado (583 mil t).

Por: Estadão Conteúdo

Fonte: Revista Globo Rural

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ACORDO DEVE GERAR OPORTUNIDADE PARA GRÃOS

Com aumento da demanda pela proteína brasileira, procura por grãos pode ser maior; soja e milho são alguns dos principais itens que compõem a ração animal

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Bartolomeu Braz, comemorou o acordo comercial fechado entre Mercosul e União Europeia na última sexta-feira, dia 28. O tratado é o mais amplo do tipo já negociado pelo bloco de países sul-americanos e constituirá uma das maiores áreas de livre-comércio do mundo.

Segundo Braz, o Brasil deverá se consolidar como o protagonista na relação comercial com a Europa devido às qualidades e potenciais. “Principalmente as carnes de aves e suínos, piscicultura e ovos (serão beneficiados). Tudo isso poderemos aproveitar e levar o que temos de melhor a Europa”, afirmou.

Ele ressaltou ainda que acredita que o acordo entre os blocos será uma oportunidade para os agricultores que produzem grãos e para os produtores que exportam itens de valor agregado, como a carne. Demanda pela proteína brasileira pode gerar aumento da procura por soja e o milho, alguns dos principais itens que compõem a ração animal.

Por: Francielle Bertolacini

Fonte: Canal Rural

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A HORA E A VEZ DO MILHO: GRÃO SAI DA CONDIÇÃO DE COADJUVANTE

Com demanda crescente e um mercado cada vez mais estruturado, o grão sai da condição de coadjuvante para entrar de vez na agenda do produtor

Portanto, é isso que nós somos: milho processado, ambulante”. Assim, o escritor americano Michael Pollan termina um dos capítulos do seu livro o “O dilema do onívoro”, obra que traça uma espécie de genealogia do que vai para a mesa em seu país. Os Estados Unidos são os maiores produtores mundiais de milho, com 366,3 milhões de toneladas previstas para a safra 2018/2019. Em seguida, está a China, com 257,3 milhões de toneladas. O Brasil aparece na terceira posição entre os maiores produtores globais, mas não chegou aos três dígitos. Para a safra corrente, serão 82 milhões de toneladas.

Os dados são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda, na sigla em inglês). Embora haja divergência de expectativas em relação ao que aponta a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que prevê 92,8 milhões de toneladas, e também de várias consultorias que acompanham o mercado e apostam em volumes até maiores, um fato é incontestável: enquanto americanos e chineses vão colher menos grãos nesta safra, com uma queda da ordem de 1,3% e 0,7%, respectivamente, a colheita brasileira de milho deve crescer 15,2% neste ciclo, segundo o Usda. “Na última década, o milho ganhou espaço, porque é uma cultura que se encaixa bem para que o produtor aproveite o potencial de sua área”, diz Cleiton Gauer, gestor técnico do Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada (Imea). “No caso de Mato Grosso, principalmente se o produtor antecipa a safra de soja.” O Estado deve produzir 29,3 milhões de toneladas, 11% acima do ciclo passado.

O movimento atual vem da última década, período no qual o Brasil mudou a configuração da commodity em sua cesta de produtos do agronegócio. Foi a partir da safra 2011/2012 que o País colocou o pé, definitivamente, no mercado global do grão, ao cobrir a demanda que os americanos não foram capazes de suprir. Naquele ano, uma seca feroz fez a produção dos EUA despencar de 375,7 milhões de toneladas para 274 milhões. Tom Vilsack, à época secretário de Agricultura dos Estados Unidos, disse: “Se houvesse uma oração ou uma dança para fazer chover, eu faria”. Não choveu. O Brasil, então, que sempre havia exportado abaixo de 10 milhões de toneladas ou muito próximo desse volume, exportou 19,7 milhões de toneladas em 2012. Vendeu até para países reticentes em comprar o produto brasileiro, como o Japão, por exemplo. E as exportações não pararam mais de crescer. No ano passado, foram 23,5 milhões de toneIadas, vendidas por US$ 4 bilhões. “O mercado de milho mudou muito na última década”, diz o agrônomo Thomé Guth, analista de mercado da Conab. “Desse tempo para cá, nem em anos de quebra de safra no Brasil exportamos menos do que 20 milhões de toneladas.”

O mercado global de exportação de milho está previsto em 167 milhões de toneladas na safra 2018/2019, um crescimento de 14% em relação à safra passada, deacordo com o mais recente relatório divulgado pelo Usda, em março. A previsão é de que o Brasil exporte 29 milhões de toneladas na safra 2018/2019, volume 14,2% a mais do que na safra passada. Briga, em pé de igualdade, com os seus dois principais concorrentes: a Argentina, que deve vender no mercado mundial 30 milhões de toneladas, e a Ucrânia com o mesmo volume brasileiro, de 29 milhões de toneladas. Já os americanos, os maiores exportadores globais, devem vender 60,3 milhões de toneladas, uma queda de 1,6 milhão de toneladas ante a safra passada. Para registro, no ano da grande seca, a venda externa dos americanos caiu à metade do atual volume exportado.

No Brasil, embora a China tenha se tornado o principal cliente da soja e também tenha comprado muito milho, nos últimos ciclos o gigante asiático não aparece como o maior demandante do cereal. Isso porque o País ganhou outros grandes clientes, diversificando o leque. Hoje, sete países compram mais de 1 milhão de toneladas por safra, cada um. No ano passado, o maior comprador foi o Irã, com 6,4 milhões de toneladas por US$ 1,1 bilhão, seguido pelo Vietnã, com 3 milhões de toneladas, por US$ 516 milhões. A maior parte dessas compras, cerca de 80%, tem sido destinada à produção de ração animal, principalmente para aves e suínos.

Bioenergia no tanque

Mas não é só isso que justifica o atual mercado sustentável para a commodity. As exportações são grandes, mas hoje já não respondem sozinhas pelo apetite dos produtores pelo cultivo do milho. A Conab prevê um consumo interno da ordem de 60 milhões de toneladas, mas há números além. O Cepea/USP, por exemplo, estima em 62,5 milhões de toneladas, elevação de 4,4% em relação à temporada anterior. “Além da exportação, há o etanol de milho, que é um mercado novo e crescendo muito rapidamente”, diz Guth.

Para Gauer, do Imea, a industrialização do cereal vem provocando um sentimento de segurança no produtor. “Nos últimos três anos, isso tem sido bastante nítido”, diz ele. “As compras antecipadas pela indústria do etanol, que neste ano já estão acontecendo, são um bom indicativo.” Em Mato Grosso, o milho da segunda safra começa a ser colhido em junho.

NOVAS USINAS De acordo com a consultoria INTL FCStone, a produção brasileira de etanol de milho está entrando na casa de 1 bilhão de litros por ano. Isso é inédito no País. E Mato Grosso vem tendo um papel de destaque. O Centro-Oeste deve responder por boa parte da demanda de milho para processar etanol, um mercado crescente. Até o final da próxima década, a expectativa é de que a produção nacional chegue a 20 bilhões de litros anuais. A produção de etanol a partir da cana-de-açúcar é estimada em 32,3 bilhões de litros na safra 2018/2019, volume 18,6% acima do ciclo anterior.

Não por acaso, no mês passado a FS Bioenergia, que pertence à brasileira Tapajós Participações e ao americano Summit Agricultural Group, anunciou a construção de três usinas que serão utilizadas exclusivamente para a produção de etanol de milho, em Mato Grosso. A primeira delas começará a ser construída no próximo mês, no município de Nova Mutum, com investimentos de R$ 1 bilhão. As duas outras usinas serão erguidas nos municípios de Campo Novo do Parecis e Primavera do Leste. Em 2017, a empresa já havia inaugurado sua primeira usina exclusiva para etanol de milho, a um custo de R$ 450 milhões. No fim do ano passado, a unidade foi expandida. Até o projeto da FS Bioenergia, havia usinas de etanol de milho no Estado, mas apenas as chamadas “usinas flex”. Como a Usimat, no município de Campos de Júlio, por exemplo, que processa cana-de-açúcar na safra e milho na entressafra.

No Estado, há outros cinco projetos de usinas exclusivas para etanol de milho a ser implementados e outros sete projetos em estudo. Atualmente, o consumo interno de milho em Mato Grosso é de cerca de 4 milhões de toneladas, próximo de 13% da produção. As usinas de etanol demandam praticamente metade de todo esse volume. Nas três usinas anunciadas pela FS Bionergia, a demanda será de 1 milhão de toneladas cada, por ano. Quando as cinco usinas estiverem em operação, a capacidade para processar etanol será de 2,6 bilhões de litros por ano. “A FS Bioenergia será uma das três maiores empresas de etanol do nosso País”, destaca Rafael Abud, CEO da FS Bioenergia. A Raízen – uma parceria da americana Shell com a Cosan, do empresário Rubens Ometto – é outro gigante do setor, com produção de 2 bilhões de etanol de cana por ano.

Por: Vera Ondei

Fonte: Dinheiro Rural

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BAGAÇO DE CANA COM MILHO INTEIRO FAZ O ANIMAL GANHAR PESO

Essa foi a conclusão a que chegou o professor Márcio Machado Ladeira em pesquisa realizada no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras (UFLA), localizada na cidade do mesmo nome em Minas Gerais.
De acordo com o professor Márcio, a alternativa é indicada para os casos em que os produtores conseguem o milho a um preço acessível. A dieta de grão inteiro mantém uma boa eficiência alimentar dos animais.
Nesse caso, acrescentar o bagaço de cana como fonte de fibra permite aumentar também o ganho de peso e pode substituir 6% da quantidade de grão inteiro utilizada nas dietas.
Essa medida também ajuda a reduzir os custos da ração em 7% a 10%, conforme mostrou um trabalho recente da (UFLA).
De acordo com o professor Marcio, a pesquisa mostrou, ainda, que houve um incremento de 7% a 24% no ganho de peso diário dos animais, dependendo da raça, em comparação com o lote testemunha (sem bagaço de cana), por causa do aumento no consumo de matéria seca (sem umidade) e da melhoria do metabolismo do rúmen.
Por Adeildo Lopes Cavalcante
Fonte: Animal Business